sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Eu não entendo como tem tanta gente se matando pra estudar, trabalhar, e até mesmo os dois, pra "ser alguém na vida" enquanto outros nem sabem o que é limpar o próprio bumbum. Quero dizer, até entendo - não sou a palmatória do mundo - afinal cada família oferece um tipo de criação, mas não consigo ver esta realidade e aceitá-la.
Já existem exemplos 'clássicos' para este tipo de comportamento. O menino que tinha tudo para dar certo: boa educação, confiança da família, uma bela herança dos pais, junto com alguma loja ou empresa para começar a carreira, ele de repente cresce, se dá conta disso e resolve virar maconheiro. Ao invés de crescer e melhorar, regrediu, porque se sentiu adulto demais para tomar as próprias decisões, sendo elas responsáveis ou não.
A mesma coisa acontece com algumas meninas, quando não querem mais ir de trança pro colégio, ou fazer uma festa de aniversário sem convidar meninos.
São fases da vida, com certeza, porém, existem pessoas que ficam presas nessas fases, ao passar dos anos. Em vez de enriquecerem sua mente com as experiências de vida e coisa e tal, ficam felizes pois a cada ano a menos de independência, é uma liberdade a mais pra fazerem o que sonhavam quando tinham 13 anos.
Eu vejo diariamente, pessoas que não fazem exatamente nada da vida. Quero dizer, vão pra aula, já que são obrigados. Lá, fazem um auê quando bem entendem, e só estudam a arte de desfiles de moda por cima do uniforme (quando o uniforme faz parte do modelito, claro). Um competindo com o outro. E quando são reprovados em qualquer coisa, seja no comportamento ou numa nota, seus pais pagam para não se incomodarem. Unindo o útil ao agradável. Quem é que quer ser pai 'de verdade', de um maconheirinho que se acha porque usa bonés de marca, surfa, usa meias puxadas até os joelhos, pega todas e se acha mais gostoso que o Brad Pitt? Só alguém que foi assim na adolescência. Ou quem que quer ficar tentando resolver os problemas de uma menina mimada, que só acorda cedo, mesmo, pra se pintar a fim de assistir à aula maquiada até as córneas? Que durante uma explicação não para de falar de marcas, festas, futilidades, ou puxando o saco de um daqueles maconheirinhos, sobre os quais falei?
Não vou ficar xingando pessoas que se comportam assim, muito menos generalizar. Conheço algumas pessoas com boa intenção, e até bem esforçadas, que agem dessa maneira. Entretanto, ao mesmo tempo, é muito difícil compreender todos esses pensamentos. Essa gente toda, só quer agradar os outros, se autoafirmar. E ao invés disso, deveriam estar estudando para o vestibular, trabalhando, ou pelo menos sendo útil em algo! Mas como exigir tanto de gente que não sabe nem limpar o bumbum direito? (Claro, não sei se literalmente.. Refiro-me à idade psicológica de cada um) Bom, como eu já disse antes, não sou a palmatória do mundo. Só acredito que um julgamento, se é para ser bem feito, deve ter base no presente, e não no passado.