segunda-feira, 7 de setembro de 2009

vamos caminhar para o infinito. (?) não, dessa vez, não quero a mão de ninguém, vou sozinha e pensando com meus botões. quero ouvir minha própria respiração, dessa vez. sem ter que me preocupar com a falta de ar alheia. vou contar meus passos e declamar poemas para ninguém, ou melhor, para mim mesma. é melhor assim: vê agora como estamos bem ?
ideias avulsas entram e saem da minha cabeça, assim como as imagens que vejo passar. elas são frias, têm um tom de glamour, talvez hostilidade.
dessa vez, vou aprender como falar direito, como me fazer entender, em vez de ficar tentando compreender os outros. realmente, vejo mudanças. vejo mudanças em ti, vejo mudanças em mim.
de que valem momentos felizes ? são momentos felizes, ué. pois é, momentos. e se tentar esticar um pouquinho o prazo de validade desses momentos ? o que acontece ?
acho que eles se tornam banais, e vão perdendo a magia ao longo do tempo. talvez, não. sim, é exatamente isso. será ? ... então, depois de banalizar toda a situação, que antes era tão plena e satisfatória, restam pessoas amarguradas. amarguradas ? pessoas que vão demorar para sentir o gostinho salgado da brisa do verão, novamente. demora tanto assim ? é, nem tanto.
eu disse que não queria conversar. já tinha falado que seria melhor assim.
nunca dá certo, no momento em que os lábios se movem pra falar, o pensamento já é diferente.
diz qual é o problema com isso tudo. nunca sei o que faço de errado. ou de certo.
a vida só vale a pena quando examinada - já dizia aristóteles, preciso avaliar minhas atitudes.
complicado é ter ideias, complicado é ir ao quarto cuja foto emoldurada seja com outra pessoa, complicado é escrever cartas e realmente falar. muito mais fácil é moldar e penerar exatamente o que deve ser dito (ainda mais depois do advento da internet! - por isso odeio. horrível, estragou as relações pessoais,), para haver exatos momentos de segurança total. completamente planejados e calculados. talvez, não. verdade. às vezes, não.. difícil controlar tudo. fácil deixar fugir do controle. muito fácil.